À conversa sobre o JWST

    À conversa sobre o JWST

A sessão online de dia 6 de Janeiro que o ESERO PT dedicou ao Telescópio Espacial James Webb contou com a participação de diversos investigadores portugueses e foi moderada pela Ciência Viva. 

Clique no nome do investigador(a) ou comentador(a) convidado(a) pretendido(a) para ler a sua biografia: Catarina Alves de Oliveira, Cláudio MeloElisabete da Cunha, Ricardo Conde, Rui Agostinho e Nuno Santos; bem como dos anfitriões e moderadores Ana Noronha e Pedro Russo da Direção da Ciência Viva.

 

CAO

Apresentamos também um breve resumo sobre os nossos convidados:

Catarina Alves de Oliveira, da Agência Espacial Europeia (ESA); Elisabete da Cunha, da Australian National University em Camberra; e Cláudio Melo, da Agência Espacial Portuguesa. Todos eles estão de alguma forma relacionados com o JWST, seja na preparação da missão ou na análise dos dados que serão posteriormente obtidos por este telescópio.

A sessão contou também com as intervenções convidadas de Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, e de dois investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço: Rui Agostinho, da Universidade de Lisboa, e Nuno Santos, da Universidade do Porto. Os anfitriões foram Ana Noronha e Pedro Russo, da Direção da Ciência Viva.

Em particular, a portuguesa Catarina Alves de Oliveira, cientista da ESA, é uma das principais responsáveis pelo NIRSpec, um dos instrumentos de observação no infravermelho que vão ser utilizados no JWST. A investigadora foi homenageada pela ESA no Dia Internacional da Mulher em 2021 (ver imagem ao lado).

Os investigadores responderam a várias questões que lhes foram colocadas pelo público através da janela de chat no canal de YouTube do Pavilhão do Conhecimento, de onde foi transmitida a sessão.

  

Oradores convidados

Catarina Alves de Oliveira · Cientista da ESA e responsável pela preparação do JWST

Doutorada em 2008 pela Universidade Ludwig-Maximilians de Munique (Alemanha). Estudou Formação Estelar na nossa Galáxia no Laboratório de Astrofísica de Grenoble (França). Em 2011 juntou-se à equipa de cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA), onde se tem dedicado à preparação do telescópio espacial James Webb (JWST). É uma das principais responsáveis pelo NIRSpec, um dos instrumentos de observação no infravermelho que vão ser utilizados no JWST. Trabalhou também em Baltimore, nos Estados Unidos da América, entre 2015 e 2020, para assegurar a contribuição da ESA na fase de desenvolvimento e teste do centro de operações do JWST.

Exerce o cargo de responsável pela definição, design e implementação das contribuições da ESA para as operações científicas das missões Ariel e SMILE. Desempenha as suas funções atuais no Centro Europeu de Astronomia Espacial, em Madrid.

 

 

Cláudio Melo · Astrofísico e investigador da Agência Espacial Portuguesa

Nascido no Brasil, doutorado em Astrofísica pela Universidade de Genebra (Suíça). Em 2002, tornou-se bolseiro científico no Observatório Europeu do Sul (ESO), no Deserto do Atacama, no Chile. Durante quase 20 anos, contribuiu para o ESO em muitas funções diferentes. Esteve nas operações do observatório, fez gestão científica e, mais recentemente, envolveu-se na definição da política científica e diplomacia. Faz investigação em exoplanetas e estrelas jovens.

Inspirado pelas ambições espaciais portuguesas de tornar o espaço parte da vida do país, integrou a equipa científica da Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space. Deseja fomentar sinergias entre a astronomia espacial e a astronomia terrestre para alimentar a relação entre a ciência e a sociedade.

 

 

Elisabete da Cunha · Astrofísica e investigadora da Universidade da Austrália Ocidental

Doutorada em Astrofísica em 2008 pela Universidade de Paris (França), Elisabete estabeleceu-se na Austrália em 2014. Foi bolseira do Conselho Australiano de Investigação (ARC) de 2016 a 2020, e é membro do ASTRO-3D ARC Centre for Excellence Senior Research Fellow. Detém uma posição de investigação contínua no International Centre for Radio Astronomy Research na University of Western Australia.

Estuda a formação e evolução de galáxias nos últimos 13 mil milhões de anos. Desenvolveu uma ferramenta amplamente utilizada pelos astrónomos (MAGPHYS), que permite medir várias propriedades físicas das galáxias a partir de observações realizadas em várias gamas do espectro. Em 2019 co-presidiu um simpósio da União Astronómica Internacional na sua cidade natal de Viana do Castelo intitulado “Descobrindo a evolução precoce da galáxia na era ALMA e JWST”, um evento no qual participaram mais de 170 astrónomos profissionais de todo o mundo.

 

 

Ricardo Conde · Presidente da Agência Espacial Portuguesa

Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico e pós-graduado em Tecnologias Espaciais. Iniciou o seu percurso profissional em 1991, estando ligado ao setor Aeronáutico e Espacial desde 1993 com a participação em vários programas nacionais e internacionais nesta área, em particular pelos Segmentos Espaço e Terra. Foi responsável pelo desenvolvimento comercial do segmento terrestre na Edisoft, SA (Thales Group).

Em 2019 entrou na Agência Espacial Portuguesa como membro da Direção e cerca de um ano depois foi nomeado Presidente.

 

 

 

 

Rui Agostinho · Astrofísico e Professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Doutorado em Astronomia pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (EUA). É Professor Auxiliar no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Fundador e sócio da Sociedade Portuguesa de Astronomia e da União Astronómica Internacional, membro da European Astronomical Society e da Sociedade Portuguesa de Física. Foi coordenador científico do projeto YALO, para utilização do telescópio de Yale no Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo, no Chile. 

Rui Agostinho desenvolveu módulos expositivos na Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa e é coautor do livro Vida: Origem e Evolução. Em 2019 recebeu o Grande Prémio Ciência Viva pela sua ação na promoção da cultura científica como professor, investigador, autor e divulgador na área da Astronomia.

 

 

Nuno Cardoso Santos · Astrofísico no Centro de Astrofísica da Universidade do Porto

Doutorado na área da procura e estudo de exoplanetas pela Universidade de Genebra, na Suíça. É investigador no Centro de Astrofísica da Universidade do Porto e no Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências desta Universidade. Em 2004, foi o autor principal do artigo onde se publicou a descoberta do primeiro planeta rochoso a orbitar outra estrela. 

Em 2009 foi-lhe atribuído uma Starting Grant pelo European Research Council, o que lhe permitiu criar a equipa EXOEarths, que conta com mais de 15 investigadores e estudantes de doutoramento a trabalhar na pesquisa de exoplanetas. É o investigador responsável em Portugal pelo projecto ESPRESSO (ESO), que visa construir um instrumento capaz de detetar planetas semelhantes à Terra a orbitar outras estrelas.

 

 

 

Anfitriões e moderadores

Ana Noronha · Direção Ciência Viva

Ana Noronha licenciou-se em Física na Faculdade de Ciências de Lisboa em 1980. Em 1987 obteve o doutoramento em Física, na área de Sistemas Não Lineares, no Instituto Superior Técnico.

É Diretora Executiva da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, onde desenvolve a sua atividade desde 1998, participando em vários projetos internacionais sobre o Espaço e o Oceano. Ana Noronha é também a Diretora do ESERO Portugal.

 

 

 

Pedro Russo · Direção Ciência Viva

Licenciado em Matemática Aplicada, Física e Astronomia na Universidade do Porto, Portugal. Foi bolseiro para a Investigação do Sistema Solar no Instituto Max-Planck, na Alemanha.  Professor assistente em Astronomia & Sociedade na Universidade de Leiden, Holanda, onde lidera o Grupo Astronomia & Sociedade. Em 2021 integrou os quadros da Direção da Ciência Viva.

Foi o coordenador global do Ano Internacional da Astronomia das Nações Unidas 2009. Pedro Russo está envolvido em várias organizações internacionais e o seu trabalho recebeu vários prémios, tais como o Prémio Especial Sementes 2009, Scientix Melhor Recurso Educacional em 2015 e 2016, Atividades Educativas Mais Inovadoras em 2017 e 2018 pela HundrED e o Prémio K. J. Cath da Universidade Leiden de 2018.

 





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