Decorreu, nos dias 10 e 11 de novembro de 2017, a 4ª Conferência de Professores Espaciais no Pavilhão do Conhecimento. Esta conferência anual é destinada a professores de todos os níveis de ensino.
À semelhança dos anos anteriores, os professores participantes tiveram acesso a palestras proferidas por cientistas e engenheiros portugueses ligados ao tema da Observação da Terra, assim como workshops práticos com diferentes atividades adaptadas para a sala de aula.
Esta conferência é certificada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua.
Consulte o Programa.
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Assista às palestras do evento.
Nesta sessão serão dados os fundamentos da utilização pedagógica do Arduíno para sala de aula, apresentando-se algumas propostas práticas para serem replicadas com os alunos na sala de aula. (Aconselha-se os professores a trazerem os seus computadores). Estas atividades podem ser integradas nas atividades curriculares dos vários ciclos de acordo com os conhecimentos prévios dos alunos
Vítor Fernandes • Ciência Viva
Neste workshop apresentaremos atividades experimentais com luz, lentes e filtros, adaptadas para a sala de aula, com base no kit Photonics Explorer, desenvolvido no âmbito do Ano Internacional da Luz.
Estas atividades integram-se nos conceitos curriculares desenvolvidos no 3.º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário.
Gonçalo Figueira • Instituto Superior Técnico
Serão apresentados dois modelos para detetar exoplanetas com os seguintes objetivos: (1)Compreender como podemos usar variações nas medições de brilho de uma estrela para detetar exoplanetas (trânsito de planetas); (2) Saber como fazer e interpretar um registro de dados numa aplicação digital simples; (3) Fazer e interpretar gráficos de luminosidade ao longo do tempo.
Domingo Escutia •ESERO Espanha
Esta atividade destina-se a ser utilizada na sala de aula com o objetivo de os alunos reconhecerem a importância que a atmosfera, a biosfera, a hidrosfera e litosfera têm na morfologia da Terra e verificar a sua interligação. Utilizando imagens reais tiradas pelos astronautas além de promovermos o interesse pela investigação cientifica sobre o nosso planeta, este tipo de imagens podem ser utilizados para aprofundar os conhecimentos sobre a morfologia de outros planetas.
Isabel Borges • Planetário Calouste Gulbenkian - Centro Ciência Viva
Neste workshop é explicado o funcionamento de alguns satélites através da utilização de um espectrómetro de refletância. Serão apresentadas propostas de utilização que podem ser replicadas em sala de aula.
Amilton Moreira • Ciência Viva
Podem-se receber imagens de satélites meteorológicos num PC com um recetor rádio USB e software open-source. Para o efeito é necessário construir uma antena recetora, que foi concebida para utilizar material comum e ser de fácil construção em ambiente de sala de aula. Será proporcionado o suporte teórico para esta atividade e executados procedimentos de instalação e operação do software.
Eduardo Ferreira • NAV
Gonçalo Vieira • CEG/IGOT - Universidade de Lisboa
Os satélites de observação da Terra são ferramentas de extrema utilidade para caraterizar e monitorizar a dinâmica dos remotos ambientes polares. Satélites como o Landsat-8 ou o Sentinel-2 estão a proporcionar grandes avanços nesta área, pois permitem obter várias imagens mensalmente e sem custos para o utilizador. Outros satélites de muito alta resolução, como o WorldView-3, permitem obter imagens extraordinárias, embora a sua utilização esteja ainda limitada pelo seu elevado custo, e pela escassa repetição temporal disponível. Nesta palestra, darei exemplos de trabalhos usando diferentes plataformas de observação da Terra, desde satélites, a drones, passando pelas técnicas de ground-truthing que permitem calibrar algoritmos de classificação do solo. Apresentarei exemplos de trabalhos realizados na Antártida, Svalbard e Baía de Hudson dedicados a estudar a geomorfologia, coberto vegetal, lagos de termocarso e a dinâmica da neve. Estes mostram bem a importância do trabalho de campo para o melhoramento da qualidade dos resultados do processamento das imagens de satélite e para o desenvolvimento do espírito crítico na análise dos mesmos.
Ramiro Neves • Instituto Superior Técnico (60 min)
Na sessão será abordada a otimização da rega, combinando imagens e modelos matemáticos de infiltração da água e do crescimento das plantas.
Representante da ESA Education
Apresentação dos conteúdos do departamento de Educação da ESA, Agência Espacial Europeia
Cité de l´espace
Esta ligação pretende visitar a nova exposição na Cité de lespace que explora a vida EXTRA-ordinária dos astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).
Cristina Fernandes • ESERO Portugal
Serão apresentados os recursos e atividades direcionadas para os currículos assim como os cursos de formação e workshops para professores do projeto ESERO Portugal
João Correia de Freitas • FCT – Univ. Nova Lisboa
Cada vez mais se torna necessário preparar os nossos alunos para um futuro incerto, em que se esperam que sejam as competências a assegurar o seu futuro enquanto cidadãos. Compete-nos um olhar crítico sobre o que fazemos numa escola que se deseja de todos e para todos para assegurar uma verdadeira educação digital que estimule a criatividade e o sucesso. Serão referidas algumas sugestões e promovida a reflexão sobre a formação de professores e o papel das literacias digitais no currículo, neste tempo de um novo perfil do aluno para a escolaridade obrigatória e de uma aguardada flexibilização dos conteúdos curriculares a partir das respetivas aprendizagens essenciais. Conseguiremos conjuntamente construir uma educação digital de sucesso para todos? Creio que sim. Até porque, parafraseando o Prof Mariano Gago, "é uma ação que não pode falhar."
Nuno Borges de Carvalho • Professor catedrático da Universidade de Aveiro
Nesta breve intervenção discutir-se-á o novo paradigma da internet of Space, o que se chama também de novo espaço, e apresentar-se-ão os novos desenvolvimentos tecnológicos, que nos permitirão criar uma verdadeira rede de comunicações no espaço.
Ana Martins • Universidade dos Açores
A aplicação de tecnologias espaciais ao estudo dos Oceanos é relativamente recente (cerca de 40 anos) pelo que existe atualmente, ainda algum desconhecimento sobre as potencialidades dos satélites para o avanço do conhecimento do clima e oceanos. Nesse sentido, esta palestra pretende resumir algumas das características dos atuais sensores a bordo de satélites de Observação da Terra (OT), ilustrando as suas potencialidades não só para as Ciências da Terra, mas também para novos mercados e utilizadores em várias áreas quer do setor comercial, público e/ou privado.
Daniel Folha • Planetário do Porto - Centro Ciência Viva / Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
Há 25 anos foram descobertos os primeiros planetas a orbitar uma estrela que não o Sol. Hoje o número de exoplanetas, ou planetas extrassolares, detetados vai a caminho dos quatro milhares, distribuídos por mais 2700 sistemas planetários. Serão discutidos os métodos de deteção de exoplanetas com ênfase nos que mais têm contribuído para a descobertas de novos mundos. Exploraremos as propriedades das suas órbitas bem como dos sistemas planetários já encontrados, como são diferentes do Sistema Solar e como se terão formado. Veremos como se determinam características físicas fundamentais dos planetas extrassolares e como se espera poder vir a analisar se neles existem condições para a existência de vida tal como a conhecemos na Terra.
Rui Agostinho • Observatório Astronómico de Lisboa/FCUL
O OAL foi criado em 1863 para prosseguir o estudo da "nova astronomia sideral”, devido à qualidade dos instrumentos com que foi equipado, além da sua localização privilegiada.
A visita explora o enquadramento do OAL na história portuguesa e na astronomia mundial da época: cientificamente o que se desvendava no cosmos, que telescópios e tecnologias se usavam para observar, para medir e manter o Tempo, com que meios de cálculo se apetrecharam. Mostram-se as invenções únicas aí desenvolvidas e todos os aparelhos e salas que fazem do OAL, atualmente, o melhor património mundial da astrometria do séc. XIX. Será relatado o trabalho de excelência aí realizado e as contribuições para a astronomia mundial.
Gonçalo Vieira - CEG/IGOT - Universidade de Lisboa A deteção remota e a dinâmica do permafrost polar: satélites, drones e a realidade do terreno |
Ramiro Neves - instituto Superior Técnico Utilização das imagens de satélite na gestão da rega |
João Correia de Freitas - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Educação digital e ambientes inovadores nas escolas de hoje |
Nuno Borges de Carvalho - Universidade de Aveiro Internet of Space - Um novo paradigma para as constelações de satélites |
Ana Martins - Universidade dos Açores Utilização de tecnologias espaciais no estudo dos Oceanos |
Dário Cruz