Hoje em dia fala-se muito na possibilidade de, num futuro não muito distante, podermos ter homens e mulheres a trabalhar na Lua durante longos períodos - ou mesmo a viverem lá. Mas como podemos construir abrigos e todas as infraestruturas necessárias para a vida numa base lunar? É impensável levar material de construção para a Lua ou outro equipamento pesado, e no nosso satélite não crescem árvores (ainda...). Então qual poderá ser a solução?
É simples... utilizar como material primário o solo lunar e aplicar tecnologias avançadas de impressão 3D, usando o Sol como fonte de energia. O projeto RegoLight apresenta a solução. Veja o vídeo mais abaixo e fique a saber todo o processo. Afinal poderá ser um dos próximos habitantes de uma base lunar!
Para começar... O que é um rególito?
Chama-se rególito lunar ao material geológico solto e fragmentado que cobre a superfície rochosa da Lua. O projeto em questão foi designado de RegoLight por fazer um jogo de palavras com ‘rególito’ e luz. Ambos desempenham um papel vital nesta missão, como iremos ver.
E o que é a sinterização?
Serão também usados processos de sinterização. Trata-se de uma operação que consiste na aglomeração e compactação de pós ou partículas muito pequenas a altas temperaturas, mas abaixo da temperatura de fusão. Desta forma, é possível obter blocos ou peças sólidas (existe por exemplo a sinterização de materiais cerâmicos ou a sinterização de minério de ferro).
Chegamos assim ao... Projeto RegoLight
O projeto RegoLight pretende desenvolver ainda mais as tecnologias e metodologias de impressão 3D já existentes, com o propósito de sinterizar e ‘moldar’ o rególito lunar. Para este efeito, o Sol será utilizado como uma fonte infinita de energia que permite fabricar material que poderá ser utilizado para construir autênticos edifícios em futuras missões lunares!
Este projeto é financiado pelo Programa Horizon 2020 da União Europeia para a Investigação e a Inovação. Vejam o seguinte vídeo para saber mais:
Saibam mais sobre este projeto aqui. Há várias empresas envolvidas: DLR-Cologne (coordenadora do projeto), Space Applications Services, Comex, LIQUIFER Systems Group e Bollinger Grohmann Engineers.