JWST: está tudo pronto!

    JWST: está tudo pronto!

O maior e mais complexo observatório alguma vez lançado no Espaço iniciou finalmente o seu trabalho científico, depois de ter passado cerca de 6 meses a calibrar os seus instrumentos e alinhar os seus espelhos a aproximadamente 1.5 milhões de quilómetros da Terra.

Clique nos links indicados para saber como foi feito o planeamento desta missão e para perceber porque é que o JWST teve de viajar para tão longe.

 

Nos bastidores das observações de teste

 

Fig. 1: Imagens da LMC no IV pelo WISE, Spitzer e JWST. Créditos: Andras Gaspar

Para verificar o alinhamento e foco de cada um dos instrumentos do Webb, foi observada com grande detalhe uma região do céu contendo centenas de milhares de estrelas na Grande Nuvem de Magalhães (Large Magellanic Cloud; LMC), uma pequena galáxia satélite da Via Láctea.

O astrónomo Andras Gaspar fez parte destas observações com o MIRI, o instrumento de infravermelho médio do JWST. Depois comparou a imagem obtida com as que foram observadas na mesma região espectral e no mesmo campo de visão por dois telescópios espaciais diferentes: o WISE (Wide Infrared Survey Explorer) e o Spitzer. O resultado está à vista nas imagens.

Na primeira figura encontram-se dispostas lado a lado e na segunda vemos a transição da imagem do Spitzer para a do JWST sob a forma de um GIF.

 

Fig. 2: GIF com as imagens da LMC do Spitzer e JWST. 

Para ser justo, devemos ter em conta que o telescópio do WISE, com 40 cm de diâmetro, tem um pouco menos de metade do tamanho do espelho primário Spitzer, com 85 cm. Ainda assim, ambos são muito pequenos comparados com os 6.5 metros do espelho primário do JWST”. Gaspar comentou inclusivamente nas suas redes sociais “Eis o que podemos obter com uma grande abertura! Resolução e sensibilidade.

 

O que aí vem?

Todos estes delicados e meticulosos processos de alinhamento e calibração, incluindo anos de trabalho no planeamento da missão do JWST e desenvolvimento de novas tecnologias, conduziram-nos finalmente até ao anúncio público das suas primeiras imagens e dados: uma demonstração plena do poder do Webb, pronto para iniciar a sua missão científica e desvendar como é o Universo no infravermelho.

Este primeiro lançamento será um momento notável para a missão, dando-nos um primeiro vislumbre de como o Webb irá transformar a nossa visão do Universo”, disse Chris Evans, Cientista do Projecto Webb da ESA. “Estamos ansiosos por partilhar estas primeiras imagens e espectros com o mundo”.

Para ajudar a celebrar este importante lançamento, a ESA/Webb convidou propostas de organizações, instituições, e grupos de toda a Europa para maximizar o alcance e impacto destes produtos com eventos especiais nas suas comunidades. O ESERO Portugal e a Ciência Viva orgulham-se de terem sido algumas das entidades escolhidas entre os Estados Membros da ESA.





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